Thayane Rabello. Tecnologia do Blogger.

5 Anos sem você

>> quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Hoje é 10 de setembro.
Quinta-feira. Cinza. Chove.

Eu não dormi noite passada. Que fase.
Há 5 anos você não está aqui pra brigar comigo e eu estou sozinha.
Não tem ninguém por mim e eu preciso do seu colo.
Ser forte o tempo todo dói. Cuidar dos outros cansa.
Cadê você pra fazer minha sopa? Cadê você pra me obrigar a arrumar o quarto?
Cadê você pra me abraçar e dizer que tudo vai ficar bem?
Pra melhorar a sua ausência, hoje mais um foi embora.
E era um daqueles que eu queria que ficasse pra sempre.
Eu mergulhei nos olhos dele, como se fosse uma piscina sem fundo, sem medo de me afogar, sem medo de nada.
Eu me entreguei e não deu em nada. Triste né? Ia ser bonito.
Cadê você pra me abraçar e dizer que tudo vai ficar bem?


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Porque há amores que nunca se vão

>> segunda-feira, 30 de março de 2015

A verdade é que tá foda. Ontem descobri que o amor da minha vida encontrou o amor da vida dela. Quando vieram os papos de aliança dourada, eu quis desconversar, mas não teve jeito, meus amigos disseram alto: ‘Esquece de vez. Ela vai casar’.

Palavra não é revólver, mas mata tanto quanto. Não sejamos hipócritas, o sorriso de quem a gente ama também nos deixa destruídos no canto. Basta que não tenha sido ao nosso lado que os lábios, felizes, se abriram. E não entro em exageros de depressão e o caralho que for. Falo de perder o chão, as estribeiras, entender o que é dor.

Depois da notícia busquei meu altar e sequei duas garrafas de whisky. Não encontrei alívio algum. Escutei dez ou cem músicas de fossa. Nenhuma pareceu dizer o que eu queria dizer, o que eu queria escrever, o que meu coração precisava gritar.

Se eu começar a falar de sexo, aí é que a coisa fica feia. Ela transformou um menino em homem. Me dizia o que queria e como queria. Me ensinou o que a língua faz enquanto as mãos podem estar na nuca ou dando tapas de amor. Ela é dessas que não tem pudor. Faz do sexo o templo sagrado que deve ser. Seu limite é o gemido alto, o entorno é só um detalhe. De fantasias mil, eu já tive ao meu lado a mulher mais safada e independente que já se viu; e se verá.

Foi tanta coisa ao lado dela que minha cabeça me trai: começo a achar impossível alguém preencher todo o vão que ficou na partida. A gente já jogou bola na praia; eu – sem ciúme – já incentivei ela a diminuir a saia. A gente já tomou cerveja no gargalo; também fomos juntos conhecer o Brasil de carro. Ela nunca fez teatro, mas numa das nossas viagens encenou que morreu. Nunca vi aquela filha da puta rir tanto como quando eu gritei: ‘Pelo amor de deus, amor: acorda! Puta que o pariu, acorda!’

Falo por mim: ela é dessas que você dá corda à partir de um só sorriso. Joga o cabelo pro lado e te pede o isqueiro. Quando você menos percebe, daria o mundo inteiro para mais cinco minutos ouvindo cada palavra que sai daquela boca. Ainda não sei se aquela área de fumantes fez parte do melhor ou o pior dia da minha vida. Ainda não sei o que vale a pena nessa vida. Porque nos apresentar pessoas tão distintas e marcantes se logo depois vai nos tirar à força? Talvez eu ainda precise entender que felicidade é o beijo que se dá no presente, não planos de futurismos baratos.

Todos os dias eu ainda lembro que ela é do tipo que inspira só por respirar. Cujas palavras formavam frases que me queimavam o juízo. Dessas que têm no cabelo o cheiro que eu queria sentir ao deitar. A pele que eu queria sentir com a palma da alma quando acordasse. A voz, meu Deus, dessas que eu queria guardar e fazer música dentro de mim. Ela é assim: linda. E sobrava tanto que quando eu encostava nela, me sentia lindo também. E aqui falo de beleza que sai dos poros, não nas capas. Ela era justa. Podia gritar, podia chorar, podia implicar; mas eu morreria ao lado de uma justa. Só que não deu. Num desses dias esquisitos, sumimos. Ela foi pra lá. E eu vim parar aqui.

Tô com saudade dela.

Pelo incrível Fábio Chap 

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Dia 24 de agosto de 2014, dia da morte da Tatá.

>> domingo, 24 de agosto de 2014

Ontem e hoje, os dias foram cinzas por aqui.
Eu não consigo parar de pensar e ao mesmo tempo não consigo pensar em como isso tudo me afeta.
As relações interpessoais, a importância da verdade nos relacionamentos, a necessidade de identificação..
Tudo se mistura com a dor de tê-la visto partir, com a minha idade, na minha posição, com o nosso histórico. Tudo tão rápido, ontem a formatura, hoje aqueles sonhos enterrados.

Assim como a minha frustração com todas as amizades do mundo. Saber que sempre procuramos um par de alma, uma cúmplice que tenha os mesmos gostos, as mesmas dores e os mesmos inimigos. Uma amizade egoísta que nunca seja maior ou mais bem sucedida que você. 

É horrivel porém trágico, se conformar com a solidão. É cruel saber que não há mesmo a alma gêmea da fraternidade, do amor, da amizade, solta por aqui esperando que você a encontre, simplesmente pq a definição de alma gêmea que nós projetamos, é egoísta e vazia.
Baseada em alguém que satisfaz os nossos caprichos, que aliementa nossa vaidade e que divide os mesmos gostos. Não tem nada a ver com parceria... tem a ver com o culto a si mesmo.
Tanto que aos mais leves desentendimentos, essas amizades são postas à prova, e nada duram, como já era de se esperar.

Como pensar que a amizade na verdade nada mais é do que o amor desinteresseiro que temos pelos outros, que muito foge da vaidade descabida da caridade glamurosa, e muito mais do que o diário "toma lá dá cá" de todas as negociações pessoais e relacionais entre os seres.
À primeira falha, ao primeiro desapontamento, se foi o amor.
Lá se foi aquele que um dia nunca teve se quer o interesse em sobreviver à primeira vontade não satisfeita.

Por mais que soe feio, mostruoso... Todos nós possuímos este ser dentro de nós. E ele geralmente aparece apenas quando o convém. Quando os relacionamentos estremessem e fraquejam, ele vem pra nos assombrar, mostrando que no fundo somos todos farinha do mesmo saco..

Hoje eu tô amarga. Seja pela dor da amiga que foi, seja pela ausência da amiga que ficou.
Tudo dói.
Beijo tatá, te encontro mais tarde.

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Lógica é para os loucos

>> segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Bem, bem, bem, após analisar de perto um ridículo caso de fracasso amaroso, prendo-me à seguinte questão : o amor sincero e eterno realmente existe?

Seria nosso top setlist à La Negritude Junior verossímil? Que seja eterno enquanto dure esse amor, que dure para sempre? Ou o amor.. esse amor que corre as lojas do país nos dias dos namorados, esse amor que entope testimonial boards, que está bordado nos ursinhos de pelúcia, sim caro leitor, esse amor fulgaz e avassalador que tem prazo de validade certo, esse sim, é a verdadeira versão do sentimento mais almejado por todos, mais divulgado em todos os meios de comunicação, mais googlado dentre todos os tópicos?

Há quem pense que o citado anteriormente é apenas paixão, e então se durar, abrandar e juntar duas escovas de dente aí sim, pode ser chamado de amor.

Mas se virmos a situação de uma ótica diferente, se pensarmos que esse sentimento estático e morninho, que aquece os corações que um dia já arderam no fogo da paixão, não passa de acomodação? Não, não.. Vejamos de um ponto de vista menos radical então: afeição? Talvez soe mais lógico aos nossos ouvidos. Ou também não?

Nossas mentes tão embebidas em “hollywood lies” e nossos arquétipos sociológicos estão tão bem traçados em margarinas merchan, que a vida de maneira geral virou um completo yahoodate.com (e sim eu quero os meus 0,1 % de lucro pela propaganda).

Mas, voltando à posição social do casal em si, a maior prova da teoria do não-amor é justamente a condecoradíssima “prova de amor”. Telemensagens, carros de som, flores, toneladas de madeira inutilizadas em cartas,cartões,pergaminhos e afins. Sem contar os casos mais ostensivos em que os indivíduos já se encontram num tão alto grau de obsessão, que as tais evidências torrenciais se encontram no patamar de abstenção futebolística, alta taxa de letalidade em relações fraternais, tratamento de chofer (incluindo familiares no serviço), corte de despesas (não afetivas,é claro), forte apoio à submissão (afinal de contas, quem ama sede), muita resignação e por fim, hombridade level negativado.

Sim, eu já estive dos dois lados da história. Afinal de contas quem nunca teve uma crise egocêntrica ou uma insegurança amorosa? Unn.. Insegurança? Talvez não seja essa a resposta para toda essa autoafirmação dessa praga que todos pregam, se prendem e se apegam?

Até quando?Até quanto? Quão alto é o preço e até quando estamos dispostos a pagar, a mudar, a mover o mundo por migalhas dessa tão esplendorosa Love Machine?!

Será que todos os apaixonados estão tão cegos a ponto de viverem repetidamente (várias vezes por vida) esse ridículo tragic role shakespeariano que nos escraviza e oprime? Não por completo. Mas quem nunca quis se escravizar pelo sentimento eufórico e agonizante da espera de uma ligação, ou mesmo pelo arrepio extasiante que como formigas epiléticas percorre um vasto campo de epiderme durante um primeiro beijo?

Oh shit, lógica é para os loucos!



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